Cômites de Ergonomia

Cômites de Ergonomia

As empresas mais evoluídas estão implantando a Ergonomia sob a forma de SISTEMA DE GESTÃO e os resultados são altamente positivos, tanto na redução das LER/DORT e lombalgias, quanto na melhoria de condições gerais de trabalho e redução do desconforto.

O que são os Comitês de Ergonomia?
São grupos estruturados dentro das empresas para atacar os problemas ergonômicos existentes de forma gradativa e sistemática, evitando os esforços isolados. Esses grupos trabalham sob uma coordenação nomeada pela gerência e com o trabalho de secretaria executiva sendo feito pelos profissionais do SESMT. Os problemas críticos são analisados por forças-tarefas, contando com um profissional de Ergonomia, um trabalhador experiente, um técnico da área e da máquina e um supervisor. Esse grupo, após analisar a atividade, estuda em profundidade suas soluções e elabora um Plano de Ação, que é então aprovado pela alta gerência.

Eficácia
A estruturação da Ergonomia sob a forma de um Sistema de Gestão realmente funciona, pois os problemas ergonômicos são abordados na ordem de prioridade: primeiro trabalha-se sobre aqueles causadores de afastamentos e gradativamente vai-se resolvendo os problemas causadores de dor sem afastamento, até se chegar aos problemas causadores de dificuldade e desconforto. Em poucos meses, consegue-se “fechar a torneira” de casos novos.

O segredo da eficácia
São eles: apoio do alto nível de gerência, participação dos trabalhadores, eficácia do serviço médico, treinamento de Ergonomia para todo o pessoal da empresa, estruturação correta dos comitês e revisão constante do processo.

A solução dos problemas
Os problemas ergonômicos geralmente podem ser classificados em cinco categorias:

– Categoria 1– aqueles de solução simples, classificados como pequenas melhorias; por exemplo, elevação da altura da máquina em n centímetros visando corrigir os problemas posturais dos trabalhadores;

– Categoria 2 – aqueles de solução conhecida (embora nem sempre de baixo custo) – por exemplo, adquirir uma paleteira elétrica para movimentar pallets mais pesados que 700 kg; ou uma talha elétrica para movimentar peças de 25 kg.

– Categoria 3 – aqueles que demandam um estudo mais profundovisando esclarecer a melhor solução ou que demandam um detalhamento mais profundo do projeto de melhoria. Enfim, que exigem amadurecimento.

– Categoria 4 – aqueles decorrentes de problemas na organização do trabalho. Por exemplo, falta de mão-de-obra com horas extras e sobrecarga para os existentes; mão-de-obra mal treinada e entrando no processo produtivo sem o devido período de adequação; falta de manutenção em equipamento originando movimentos forçados; material em más condições, vindo do fornecedor sem a devida lubrificação e portanto ocasionando esforço excessivo; falta de material, ocasionando horas extras e jornadas prolongadas quando os mesmos chegam; problemas tecnológicos em determinado processo ocasionando uma série de defeitos ou rebarbas e a conseqüente movimentação excessiva de membros superiores para o retrabalho.

– Categoria 5 – aqueles que não têm solução de engenharia e que demandam apenas uma solução administrativa (como rodízio nas tarefas, pausas, seleção de pessoal, treinamento sobre posturas corretas e ginástica laboral).

O problema categoria 1 (pequenas melhorias) deve ser tratado pelo Comitê de forma simples e rápida, através da conjugação de 4 verbos: ver, agir, validar e documentar.

O problema tipo 2 (soluções conhecidas) deve ser tratado da seguinte forma: nomeia-se uma força de trabalho para estudar a adequação daquela solução à realidade do problema detectado, bem como para fazer o planejamento físico/ financeiro da solução.

Nos problemas de categorias 3, 4 e 5, está indicado que seja aberto um processo de solução ergonômica.

O processo de solução ergonômica funciona assim:

1. É montada uma força-tarefa, da qual deverão participar: um trabalhador que execute a tarefa, um técnico ou engenheiro que conheça bem o processo ou a máquina, um supervisor ou facilitador da área e o consultor de Ergonomia. Em certos casos, pode ser necessário alguém da manutenção. Não deve existir mais que 5 pessoas na força-tarefa.

2. É feita a análise ergonômica (ver modelo de formulário em nosso website).

3. A força-tarefa estuda o assunto profundamente, inclusive as alternativas de solução. Cada estudo, cada ação, é registrada, montando-se assim um processo.

4. Uma vez definida a melhor solução, a força-tarefa passa a analisar detalhes da solução. É muito importante que todas as ações sejam documentadas; os pareceres técnicos devem estar documentados.

5. Forma-se, portanto, um processo de solução ergonômica, adicionando-se “peças” ao mesmo, de forma que se oriente para a melhor definição ergonômica para o problema estudado. E de forma a que a solução esteja o mais detalhada possível, facilitando assim o orçamento da mesma e o detalhamento do projeto final.

O resultado final de um processo de solução ergonômica bem feito é a sugestão da melhor solução possível para aquele problema, bem detalhada. De posse dela, a chefia poderá então fazer o seu Plano de Ação (5W-1H-1HM).

É muito importante que a força-tarefa encarregada de encaminhar a solução de um problema ergonômico se debruce sobre ele e o estude profundamente. Não há vantagens em se dar soluções apressadas e mal pensadas para um problema ergonômico. Caso isso ocorra, o Comitê perderá força, pois haverá retrabalho. E caso tenha havido gasto, a gerência passará a desconfiar das ações do Comitê de Ergonomia.

Empresas para as quais estamos prestando serviços de instituição e acompanhamento dos Comitês de Ergonomia:
Votorantim Celulose e Papel, Alunorte, Vallourec & Mannesmann Tubes, Embraco, Malwee Malhas, Tupy Fundições, Liasa – Ligas de Alumínio, Philips da Amazônia.

Depoimentos

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Hozana Zapata Ramirez
Fisioterapeuta do trabalho e ergonomista - SP,
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